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Impulsividade: Não desista de tentar se controlar!


Bom demorei muito para escolher um assunto do qual falar, são tantos, pois bem escolhi um que tem me dado trabalho imenso novamente nos meus últimos dias: Impulsividade. Essa é uma característica muito presente na vida de um border, e entra como um dos critérios para diagnóstico:

"impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex., gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente)."

"Impulsividade é a tendência em agir sem inibição e sem considerar as consequências deste ato. As pessoas com o Transtorno de Personalidade Borderline agem caracteristicamente de uma forma impulsiva de formas que podem ser auto-destrutivas.

Este sintoma pode manifestar-se de diversas maneiras, mas as seguintes são alguns dos tipos de comportamento impulsivo mais comuns:

- Abuso de substâncias

- Gastos excessivos ou compra compulsiva

- Vício em jogos de azar

- Compulsão alimentar

- Comportamento sexual arriscado

- Gritos ou ameaças de machucar os outros

- Direção imprudente

Os borders frequentemente engajam-se em tais comportamentos impulsivos como uma forma de lidar ou liberar suas emoções. Indivíduos com o TPB podem não demonstrar claramente este tipo de comportamento para os outros e muitas vezes o fazem em segredo.

Todavia, só porque alguém age impulsivamente não quer dizer sempre que a pessoa tenha o TPB. é um indicativo para o o transtorno de personalidade borderline quando o comportamento compulsivo se torna frequente ou perigoso.

Esse tipo de comportamento impulsivo frequentemente mascara o TPB que está oculto porque ele pode ser mais fácil de identificar e diagnosticar que o transtorno de personalidade borderline. Pode ser que o border primeiro seja diagnosticado em um de seus transtornos compulsivos, mesmo que o comportamento impulsivo seja um mecanismo em vez da condição em si.

Engajar-se nesse tipo de comportamento pode levar a problemas em relacionamentos, finanças e trabalho, além dos que os borders normalmente já experienciam. Sem um tratamento apropriado para este sintoma do TPB, pode se tornar ingovernável e potencialmente perigoso.

A terapia ajuda àqueles com o Tpb a lidarem e reduzirem sua impulsividade, trabalhando tópicos como a fonte de tal comportamento, os porquês, assim como ensinar aos pacientes a ficarem mais conscientes de suas ações e dos gatilhos que fazem tais atos acontecerem, conseguindo isso se tem tempo para parar e considerar as consequências de seus atos.

Medicação para os sintomas do TPB e a impulsividade

Os remédios podem ajudar também com a impulsividade, porém são mais eficazes quando usados em conjunto com a terapia. O uso de medicamentos não é considerado a primeira escolha para o tratamento, mas podem ser úteis ao tratar alguns sintomas do TPB e/ou transtornos de humor que tenham sido diagnosticados em conjunto com o Borderline, como a depressão.

De acordo com a organização de pesquisa cerebral The Dana Fundation, inibidores seletivos de reabsorção de serotonina, frequentemente prescritos como antidepressivos, podem ser eficazes no tratamento do comportamento impulsivo e agressivo típico dos borders, como também funcionarem em pessoas que não mostram nenhum sintoma de depressão.

Remédios similares, como a Venlafaxina e a Nefazodona também podem ser úteis ao tratar a impulsividade. Estas drogas ajudam a corrigir um problema no sistema da serotonina." [1]

Geralmente somos muito impulsivos, muitas vezes prometemos a nós mesmos que nunca mais vamos fazer essas coisas, mais quando vemos lá estamos nós, fazendo tudo de novo! Isso é um grande problema, pois muitas vezes esses comportamentos nos põe em grande risco, risco que no momento de impulso não medimos racionalmente.

Como sempre gosto de falar um pouco de mim, sou impulsiva em muitas áreas, desde os 12 anos gostava muito de beber, comecei a fumar, usar drogas, depois vieram os medicamentos que não demorou muito para eu começar a abusar deles, direção imprudente (comecei a dirigir normalmente pela cidade com 12 anos, e com uns 16 já adorava correr), adorava "tirar" um racha, principalmente quando a pessoa me provocava, a própria automutilação também tenho como um impulso, quando vi já fiz...sexo, isso é algo um pouco complicado pra mim, me entendam por favor, não quero julgar ninguém (afinal quem sou eu pra isso!) e não quero pregar ou fazer alguém acreditar no que acredito ou não, APENAS ESTOU RELATANDO COMO ME SINTO DIANTE DE TUDO ISSO E DESTES IMPULSOS; pois bem explicado isso.... tenho minhas crenças, sou evangélica (por isso sempre me senti muito culpada por todos esses comportamentos, sempre tentei parar e nunca conseguia, é o dobro de culpa, por não conseguir parar com tudo isso e por que acredito que desagrado a Deus quando faço tudo isso) e acreditem ou não, acredito na castidade até o casamento, não julgo ninguém que tenha compulsão por sexo, afinal a única diferença entre mim e essas pessoas é que a minha crença funciona como uma freio para mim nesse sentido, sei que se não acreditasse em tudo que acredito seria igual a elas ou até pior, por que mesmo com tudo isso, com todo esse freio, eu sempre fui compulsiva em ver pornografia, com masturbação, e claro quando bate aquela excitação louca, não consigo me controlar também a única diferença é que não cheguei nos "finalmente" (penetração), e bom vai a primeira pessoa que consigo, ou aqueles "de sempre" que você sabe que sempre que quiser eles vão estar lá, e pra mim não importa na hora se é homem ou mulher, eu só quero aliviar um pouco (fico pensando, se com todo esse freio, se tentando como tento controlar eu ainda faço isso, imagino como seria se não tivesse essas minhas crenças...me assusta) e depois de tudo isso vem uma enorme culpa! sinceramente esses impulsos estavam controlados a cerca de 2 anos, mais não estou em uma fase muito boa, então acabei sedendo a eles novamente, sexta-feira do nada, em um impulso mesmo, estava em um barzinho e simplesmente virei pra pessoa que estava comigo e perguntei "Tá afim de fumar um basedo?" ela concordou, então fomos até onde o pessoal costuma ficar fumando aqui na cidade, perguntei se tinham pra vender, não tinham, mas deixaram a gente ficar fumando lá com eles...eram caras que eu nunca vi na vida, fiquei louca com eles, eles podiam me roubar ou fazer qualquer coisa comigo que eu não conseguiria me defender, esse é um tipico impulso de se por em risco, fora as outras coisas que fiz na última semana, beber demais e dirigir, e as outras que já disse relacionada ao sexo.

Bom enfim, esses impulsos não são bons, costumamos nos colocar em risco por causa deles, alguns fazendo sexo sem proteção ou sadomasoquismos, ou com drogas e etc...é típico do borderline, aliás impulsos são 50% dos nossos problemas, se conseguirmos controlá-los teremos meio caminho andado, então vale a pena tentar! e se falhar uma vez, duas, três, quatro....mil vezes, não desista de tentar controlá-los, não ache que você "já está perdida", as vezes achamos isso e isso é o pior que podemos achar por que desistimos de tentar melhorar, então não desista, como eu disse tento desde os 12 anos, e só a dois anos atrás! e mesmo assim cai de novo, agora é levantar e começar novamente! NUNCA, EM NENHUMA HIPOTESE DESISTA DE VOCÊ! VOCÊ VALE A PENA!. Achei uma matéria que passa algumas dicas de como controlar os impulsos, achei muito interessante, vejam:

Dez dicas para controlar ações impulsivas

Você pode associar questionamento interno, que requer capacidade de olhar para dentro com ações práticas que auxiliam a deter o impulso para a ação.

@ Quando se sentir invadido (a) por uma emoção desconfortável, pare e tome consciência do que está se passando dentro de você. Perceba seus pensamentos e faça uma correlação entre eles e o que está sentindo. Pergunte-se o que poderia pensar diferente para mudar essas emoções.

@ Ao perceber a “onda” do impulso se formando, se concentre na sua respiração. Inspire e expire profundamente, prestando atenção no ar que entra e sai dos seus pulmões.

Deixe que os pensamentos que surgirem passem por sua mente, sem querer agarrá-los ou expulsá-los. Apenas tome conhecimento deles e volte o foco para a respiração.

@ Escreva as razões pelas quais vale a pena controlar seus impulsos. Coloque nele o que vai ganhar fazendo isso.

No momento em que sentir a emoção crescendo dentro de você, pegue o cartão e comece a ler o que escreveu ali. Se necessário, repita a leitura, até sentir que se acalmou e que não está mais tomado (a) pelo impulso de agir.

@ Esteja presente em cada momento, exercitando a consciência do aqui e agora. Isso funciona como uma espécie de fio-terra emocional.

Quando você deixa de agir no modo automático no dia-a-dia, impede que ações impulsivas tomem o controle do seu comportamento.

@ Entenda que o mundo e as outras pessoas não têm que atender às suas expectativas. Se algo não sai como você esperava, faz parte da vida. Não se pode ganhar sempre.

@ As pessoas têm suas próprias razões para fazer o que fazem. Assim como você tem direito a fazer suas escolhas, todo mundo também tem. Ao aceitar que seja assim, você deixa de reagir impulsivamente quando é frustrado pelo outro.

Use a distração como estratégia

Uma das formas para fazer isso é usando a técnica da distração. Isto é, ao distrair-se você redireciona sua atenção e se afasta temporariamente da força de uma experiência emocional. A pressão interna que antecede a ação impulsiva vai diminuindo até dar lugar à razão.

Em vez de seguir o impulso, você voltesua atenção para outra coisa.

A distração não significa ignorar a força de uma emoção, ou o impacto emocional causado por ela. Sua finalidade é diminuir a intensidade da emoção e aliviar a pressão interna, dando aquele tempo que não seria possível se você seguisse o curso da emoção.

Algumas formas de usar a distração:

@ Contar números de três em três por um ou dois minutos. Um três seis nove doze quinze dezoito vinte e um vinte e quarto......... assim por diante.

@ Faça palavras cruzadas ou jogue algo que exija atenção e inteligência. Alguns aplicativos para celulares podem ser uma boa opção.

@ Faça atividade física. Correr, ir para a academia, caminhar, pular corda, praticar luta marcial, dança.Ao entrar em movimento, o corpo passa produzir endorfina, neurotransmissor que produz sensação de bem estar. Além disso, a energia que seria direcionada na satisfação do impulso é utilizada na prática da atividade física.

@ Repita afirmações positivas, ore, leia pequenos textos que tragam mensagens tranqüilizadoras.

@ Dê vazão à criatividade e dedique-se a algo que gosta de fazer. Pode ser escrever, pintar, trabalhar com marcenaria, fazer artezanato.

Tente fazer a sua própria lista de recursos a serem utilizados quando se sentir pressionado (a) por emoções fortes e difíceis para enfrentar naquele momento. Quanto mais alternativas tiver para lançar mão em momentos assim, maior será o seu leque de opções para lançar mão quando necessário.

Se estiver muito difícil conseguir acertar os ponteiros das suas emoções sozinho (a), procure ajuda.Assim como se vai ao dentista para tratar uma cárie, ao ortopedista para cuidar de um problema no joelho, o psicólogo é a pessoa certa para ajudar você a resolve problemas emocionais.[2]

Fontes:

[1] http://borderline-girl.blogspot.com.br/2013/06/transtorno-de-personalidade-borderline.html (fonte: tradução livre do artigo: "Exploring BPD Symptoms: Impulsivity")

[2] http://www.vaidarcerto.com.br/site/artigo.php?id=863&/desenvolvimento-pessoal/motivacao/dez-dicas-para-controlar-acoes-por-impulso


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